sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Enganados #7



Sentei-me no sofá, a tentar ver um pouco de televisão, mas não passava nada de jeito e com o nervoso de ele nunca mais voltar estava sempre a mudar de canal e não conseguia sequer ver o que estava a dar de verdade. Embrulhei-me na manta. Esperei… Esperei… Nem sinais dele. O sono acabou por se apoderar de mim. Adormeci. No dia seguinte, acordei na cama como por magia. Fora ele que me trouxera para a cama, mas quando olhei, ele não lá estava. Levantei-me, gritei por ele, mas nada. Ninguém respondia. O silêncio começava a assustar-me. Que tipo de loucura poderia ele ter cometido? Desci as escadas. Vi um papel em cima do balcão da cozinha e logo corri para o ler. O mesmo dizia:Senti-me gelada como se todo o mundo tivesse desabado à minha frente com aquele forte bater da porta. Dei mesmo um pulo. Nunca nos tinha acontecido tal coisa, porque é que tudo aquilo estava a acontecer? Eu amava-o! Eu sempre o amei, desde os meus doze anos, sempre. Aquelas duvidas não eram normais.
Emily, lamento tudo o que aconteceu ontem. Sinto-me mesmo muito mal com tudo o que aconteceu. A minha cabeça está confusa. Não sei, demasiadas coisas ao mesmo tempo. Eu não sei o que fazer, o que pensar, eu simplesmente não sei nada. Decidi afastar-me por uns tempos de tudo. Eu não te vou abandonar, descansa, eu amo-te como sempre de amei. Só me sinto um pouco magoado com isto tudo, sinto-me excluído da tua vida. Não me procures, vai ser pior para os dois. Estarei de volta o mais rápido que conseguir.
Beijinhos, com amor,
Pedro.”

Emily Rose.

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